Wednesday, February 28, 2007

mais lunário

Foi por essa altura que Beno decidira despertar no fundo de si a sua maneira de ser diferente e de sentir, essa fera tantos anos amansada pelo medo de rasgar, de despedaçar. Perdeu o medo de si próprio, e uma espécie de voracidade voluptuosa tomou-lhe conta da alma e do coração.
Saiu para a rua, embrenhou-se na espessura da noite. Amou e traiu. Seduziu e deixou-se seduzir. Morreu um pouco todas as manhãs, e nunca mais regressou ao que tinha sido.

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