Sunday, February 26, 2006

CARNAVAL- a minha celebração pagã predilecta


Neste fim de semana até pareceu que a minha vida começa a compôr-se...
Na sexta feira reencontrei um ex namorado que não via há anos e o cão dele (que quando andávamos era nosso, mas foi para ele na partilha de bens) de quem matei sodades e reparei uma vez mais que é um querido... e parecido com uma vaca de tão grande que está... Também tive outras superpresas muiiiiito agradáveis, as quais não vou comentar ....
Ontem foi sábado de carnaval... e eu bombei até às 4 da matina.... yéeeeee...... happiness!!!!
Hoje estou com uma moca que não posso e não aguento barulho, banho tomado lareira, etc. Estando também um frio de rachar e os meus amigos basaram outra vez, portanto....
Amanhã trabalho e depois FERIADO, hoje encontrei um primo meu, o qual eu tentei logo convencer a fazer- me companhia amanhã véspera de carnaval.... talvez bombar again..... yéeeee.
A perna, caguei nela, é carnaval e diz-se que ninguém leva a mal!

Thursday, February 23, 2006

Não acredito! está a dar um documentário sobre aves de rapina na tv! Hoje! devia ter sido ontem.
A vida é injusta....
Isto de escrever coisas que todos podem ver e ler tem os seus ses: já li o post em baixo mais de três vezes e estou sempre a encontar novos erros ortográficos (muitos deles por culpa do teclar e não meu, mas mesmo assim, os acentos não são nada o meu forte, nunca sei muito bem para que lado é que os hei- de virar). Também reparei que começo muito as frases com "e", quando este "e" é suposto ser uma conjugação (será?).
Está visto que a gramática não é nada o meu forte....
Hoje foi um grande dia.
Vi um trabalho desenvolvido por mim, no qual me esforcei bastante, ser compreendido e elogiado.
Finalmente sei o que é realização pessoal. Acho que me viciei.
Ainda ontem falei da ansiedade do status e da importância que as pessoas dão ao facto de ver o seu trabalho reconhecido. Pode ser mau e tal, mas se sabe bem, e trás uma sensação de felicidade (acho que estou mesmo a sentir felicidade pura, a sensação que os últimos anos da minha vida não foram um desperdício) porque não nos esforçar-mos por sermos bons e/ ou os melhores?
Na realidade não quero ser a melhor, mas isto de ser técnica de educação ambiental está a preencher bastante as minhas necessidades pessoais. E o facto das coisas correrem bem e ver que com a minha intervenção posso ter sensibilizado para a vida uns pequenos projectos de pessoas... sabe mega bem.
Aliás, isto é a luz ao fundo do túnel de que eu me referia à uns tempos. Nem devia de falar já disto porque o Centro de emprego ainda não deu a avaliação de proposta de estágio profissional (e o tal mau agoiro... e os imprevistos que me têm acontecido).
Na verdade estou a trabalhar no que quero, ao pé de casa e vou receber bem (se a tal proposta for aceite) durante nove meses. Depois fico no desemprego outra vez (porque serei empregada de uma associação ambiental e como se sabe, não há dinheiro em Portugal para o ambiente), mas não há mal, podem ser os melhores nove meses da minha vida profissional como bióloga....
Como estou a descobrir que amo transmitir aos pequenos cérebros a importância da conservação do ambiente e da biodiversidade! E tudo isto com trabalhos práticos (reciclagem de papel, hoje dissecámos plumadas de rapinas, e eu até notei um certo interesse em alguns a tentarem descobrir a diferença de um crânio de musaranho e toupeira, roedor e ave). E! como os alunos vão variando, não me conhecem e, eu não sou alvo do excesso de confiança, logo são muito mais fáceis de aturar!
E às vezes até me tratam por Doutora, e eu às vezes esqueço-me de dizer que não o sou :)....
Recapitulando:
1º Acabo o curso.
2º Entro em stress porque vejo que a vida de estudante acabo e tenho de arranjar emprego a fazer-me útil á sociedade. Deixar de ser sanguessuga, portanto. Porque os meus pais com a minha idade já ganhavam o deles há dez anos e a minha mãe já tinha quase dois filhos.
3º dez dias depois vou trabalhar para um café na praia onde sou super mal paga e trabalho que nem uma escrava. Conheço pessoas mais novas que eu que não fazemdaquilo simples trabalhos de verão e precisam de 400€ por mês, trabalham 60 horas por semana ou mais só para pagarem as contas. E ficam tão cansados que quando chegam a casa não têm cabeça para procurar uma coisa melhor.
4º Estou em stress porque não tenho tempo para procurar um trabalho como bióloga, mal que chego a casa só quero não fazer nada, depois de 9 horas seguidas a bulir... com uma dor de cabeça descomunal e sem dia de descanço à vista...
5º parto a clavícula e sou redireccionada para casa dos meus pais. Onde a minha única solução de ocupar tempo é a pesquisa de um bom trabalho, porque tenho tempo e não posso fazer mais nada a não ser isso. Descubro o departamento de biologia ambiental, descubro que é isso que quero exercer e não sabia que existia.
6º Faço duas semanas de mestrado em que nó último dia (véspera da trombose) dou as Zonas Húmidas e importância delas (porque antes disso não estava muito ao corrente do que era).
7º Passo 3 meses de trombose e quando me sinto melhor escrevo uns emails para as reservas e associações aqui da zona para me voluntariar ou mesmo trabalhar se quisessem.
8º Aqui começo a apereceber-me que tenho de deixar de stessar com o facto de ser uma sanguessuga, por esta altura era o único meio que tinha para sobreviver... e aperecbo- me que este stress de querer fazer tudo e e bem não dá em nada de bom...
6º Vou ocupando o tempo com o curso de produção multimédia, ainda estou a descobrir para que foi isso, bem que agora tenha mais noções de gestão de empresas.
7º Contactam- me um dia (sem eu me ter esforçado muito, i. e., sem muito stress de "ter que ser") a dizer que me querem para um estágio profissional (Numa associação de defesa de uma Zona Húmida), para fazer o que eu mais desejo (educação ambiental) e com possibilidades de aprender muitas coisas (até o secretariado de um curso de recuperação de fauna selvagem, que nos tempos livres também irei estar presente e muito provavelmente até serei eu a fazer os certificados de participação) e dar de comer às aves em recuperação e fazer visitas guiadas. Serei paga para mandar secas sobre a importância da separação dos resíduos sólidos... e outras coisas que os outros não suportam e eu não consigo pereceber porque é que aquilo apenas tem importância para mim, etc.. tudo a 7 km de minha casa.
Não sei, mas por mais azares que tenha na vida, há coisas que não me parecem mera coincidência...
E mesmo que a proposta não seja aceite e eu não fique lá a trabalhar, ao menos, descobri uma coisa que me realiza, que a realização não é uma utopia. E aprendi muiiiiiiiiiitas coisas. Apesar de tudo é isso mesmo que eu quero fazer quando fora grande: aprender... e se for dentro da biologia, mais prazer me dará a aprender.... e se puder transmitir os meus conhecimentos: melhor ainda!

Wednesday, February 22, 2006

a ansiedade do status & aves de rapina & archive

Estou para aqui a marrar aves de rapina (amanhã tenho um grupo de trabalho de 7º ano e quero saber mais que eles), a ouvir Archive (que pelos vistos, adoro.... faz-me aqueles arrepios, enormes laivos de tristeza, mas da boa tristeza, aquele buraco no coração e não consigo parar de ter pensamentos assustadoramente profundos).
Entre tentar saber a diferença entre uma águia, um buteo, uma hárpia, um milhafre, um peneireiro, um tarataranhão,um gavião, um açor, um falcão, e espero não me esquecer de ninguém (sim, porque os abutres, os condores, os caracarás, os serpentários, os urubus, os mochos, as corujas e os bufos são mais ou menos fáceis....), a pensar no Hugues (que está a pensar vir viver para cá, e eu a tentar ganhar coragem para sair de casa dos meus pais e não horrorizar com o facto de ficar sem dinheiro nenhum para fazer nada se isso acontecer, mas no entanto torno-me numa pessoa mais feliz durante o dia a dia, mas deixo de pensar em férias, comprar um carro e fazer um mestrado).... aqui oiço violinos, um must...... penso num documentário que vi ontem "A ansiedade do status" que além da balelada toda frizaram que o facto de se estar perante a morte ajuda a ilucidar as nossas prioridade de vida e a não perder tempo com futilidades (como todo o tempo que se gasta para ganhar status).
Bravo a eles, acho que têm toda a razão. Razão pela qual tenho mesmo de ter coragem de sair de casa dos meus pais, que aqui não se aprende nada.

Sunday, February 19, 2006

humor de cortar á faca

Acabei de ler o meu último post e pareço-me uma mulher desesperada angustiada... talvez até seja verdade...
Aliás, ultimamente têm-me dito que o stress aumenta o colestrol, faz queda de cabelo e tromboses. Tenho todos estes sintomas logo descobri que estou stressada, mas na realidade não sinto muito bem o meu stress...
E todo o stress que eu possa sentir, nem o acho mau, não me tira o sono, e eu até gosto de ser um pouco stressada, de uma certa maneira. Portanto descobri que tenho de acabar com o meu stress natural pois estou a ter muitos problemas de saúde que podem derivar do stress. Mas não me apetece assim tanto acabar com este stress, pois assim deixo de ser eu, não é?!

acesso gratuito no red light district

Quem diria?! mas não era bem disso que eu ia escrever. Esta é apenas a notícia que está a passar no jornal enquanto escrevo.
Toda a falta de novidades, no circuito das doenças, é uma boa novidade! e é isso que tem acontecido comigo.
A minha perna cá anda, ainda não completamente recuperada. Aliás, como começo a estar realmente farta desta ociosidade, já nem lhe dou descanso. Por isso, as veias estão muito mais notórias e as varizes a darem sinais de estarem a aparecer na minha vida.
É assim, acho que me começo a habituar á ideia. Já descobri que o auto sofrimento e contemplação é uma seca, não dá felicidade, logo é tempo perdido.
Agora apetece-me curtir! Ainda não comecei bem a sério porque não tenho amigos aqui na terra, e sem amigos a diversão é um pouco mais inatingível... e como geralmente fazia as minhas amizades usando a descontração alcoolizada, e actualmente não me poder alcoolizar... enfim, existem uma série de factores na minha vida actual que não tornam a minha socialização um momento fácil.
Também é assim e pronto, talvez venha a ser melhor, talvez não e eu me habitue e se torne melhor, porque não... ahah